Dando-me o passado absoluto da pose (aoristo), a fotografia diz-me a morte no futuro. O que me fere é a descoberta desta equivalência. Diante da fotografia da minha mãe quando era criança, digo para mim mesmo: ela vai morrer. Estremeço perante uma catástrofe que já aconteceu. Quer o sujeito tenha ou não morrido, toda a fotografia é esta catástrofe.
Roland Barthes, ‘Câmara Clara’