A primeira vez em que estive em Lisboa fiquei encantada com certas placas de sinalização nas ruas. Uma figura masculina com chapéu do tipo usada por Fernando Pessoa, para mim, portanto, Fernando Pessoa em pessoa, andando. Durante um tempo achei que as placas indicavam uma espécie de rota pessoana, caminhos que o poeta fazia pela cidade e que se poderia refazer hoje bastando seguir as tais placas para ser o poeta zanzando por Lisboa.
Adriana Calcanhoto, jornal Público