[Vilhelm Hammershoi] é o pintor do silêncio e da solidão, das paisagens sem entrada (ao contrário das flamengas, por onde apetece deambular), das praças e ruas vazias. E depois há aquela luz nórdica, branca e glacial como a da Lua, que convida à leitura e meditação. Os personagens (isolados) são frequentemente apanhados de costas, envolvidos em tarefas domésticas ou – adivinha-se – a ler.
Jorge Calado, revista do semanário Expresso