No verão percebemos que afinal temos história e que ela se declina numa pluralidade de pequenas histórias, no entrelaçado de sentimentos, coisas vividas ou não, sentidas com entusiasmo ou mastigadas com mágoa, mas que se tornaram inseparáveis de nós. Afinal não somos afásicos como supomos, somando experiências em vertigem mas sem nada para dizer, fugindo do assunto quando o assunto é a vida e o que a qualifica, esbarrando às cegas em vez de nos expormos ao encontro. Afinal somos capazes de presença.
José Tolentino Mendonça, revista do semanário Expresso