[Quando] sentimos que o tempo de alguma forma se contrai, o jogo modifica-se, e passamos nós a estar daquele lado, do lado do nosso próprio passado. É uma espécie de mover de terras interno, um aluimento, uma montanha de escombros, uma paisagem bruscamente desconhecida. Um adulto, queira ou não queira, é um arquivo desproporcionado de memórias, de sentimentos maiúsculos e minúsculos, de aparições que só ele viu, de cartografias amontoadas cuja ordem mais ninguém encontra, de experiências relatadas num exemplar único e irreproduzível.
José Tolentino Mendonça, revista do semanário Expresso
Hello! I just nominated you for an award 🥇!! Check out the link if you want to do it! It’s totally optional 🙂🙂
https://bernbakes.wordpress.com/2017/01/16/black-cat-blue-sea-award-%F0%9F%A5%87/
thank you so much Bernadine!! cheers PedroL
Your welcome! 🙂🙂
Oh how true Jose Tolentino Mendonca speaks. It is the difference between our individual consciousness and how each of us perceives consciousness.
Thanks for posting this.
Wally
[When] we feel that time somehow contracts, the game changes, and we become on that side, on the side of our own past. It is a kind of internal earthmoving, an aluiment, a mountain of debris, an abruptly unknown landscape. An adult, whether he wants to or not, is a disproportionate archive of memories, of tiny and tiny feelings, of appearances that only he has seen, of stacked cartographies whose order no one else finds, of experiences reported in a unique and irreproducible copy.
José Tolentino Mendonça, magazine of the weekly Expresso