Edvard Munch perdeu a mãe (tuberculosa) quando tinha cinco anos, e a adorada irmã mais velha, Sophie, aos catorze. Tísica e insanidade corriam na família. A fotografia também lhe servia para aferir a própria forma física. Depois de observar o seu auto-retrato, nu e de perfil, em 1904, escreveu: ‘Após consultar a minha vaidade, decidi dedicar mais do meu tempo a atirar pedras, a lançar o dardo e a nadar.’
Jorge Calado, revista do semanário Expresso