Quando eu estava a crescer, a Rússia não era apenas fechada, e portanto misteriosa, mas apresentava-se como a nossa antítese: nós [noruegueses] éramos livres, os russos oprimidos; nós éramos bons, os russos maus. Quando comecei a ler, a situação ficou mais complicada, porque era da Rússia que vinha a melhor e mais intensa literatura. […] Que tipo de país era aquele onde as almas eram tão profundas e o espírito tão selvagem?
Karl Ove Knausgard, revista do semanário Expresso