‘Faz as malas, fugimos hoje’. Esta é a primeira coisa que o viajante lê à entrada [da cidade] do Fundão. […] Escrever no mural é um impulso genético da humanidade, desde as gravuras rupestres até ao nosso mural do Facebook. […] Portugal pode ser percorrido de lés a lés só a ler coisas escritas nas paredes. Frases de amor, insultos, intrigalhadas, denúncias, slogans políticos. [E a verdade é que] as palavras sobrevivem mais tempo nos murais de cimento do que no mural digital do Facebook.
Rui Pelejão, Diário de Notícias