Em Milão tenho um estúdio pequeno, um quarto, que está completamente forrado de livros. Eu chamo àquilo um bunker. É um bocado claustrofóbico, mas sinto-me bem ali. Durante muitos anos trabalhei sobre uma superfície bem pequena. As pessoas perguntavam-me porque fazia desenhos pequenos… Era o espaço que tinha! Mas eram uma imersão naquele espaço e a sua incomensurável abertura.
Pedro A. H. Paixão, artista plástico, revista do semanário Expresso