Uma parte fundamental do treino para se vir a ser um verdadeiro napolitano é dominar uma scooter – diga-se, em abono da verdade, que devem ultrapassar largamente em número a população. Vimos crianças que ainda nem sequer gatinham a serem transportadas num braço enquanto o outro segura o guiador. É comum verem-se famílias inteiras de um lado para o outro: o pai à frente, o filho mais pequeno entalado entre ele e a mãe, e o mais velho atrás agarrado a esta. Mais frequente ainda é ver crianças de chucha na boca, em pé agarradas ao guiador e encostadas ao banco, enquanto o condutor ziguezagueia pelo trânsito. Há ainda a versão que transporta cães ou bandejas ou três e quatro caixas de pizzas equilibradas num braço. E, finalmente, a scooter de carga, em que mal se percebem as duas rodas por baixo das caixas e sacos. Tudo isto em vertiginosa velocidade, sem capacete, a falar ao telemóvel ou tagarelando de uma mota para outra. É por isso normalíssimo verem-se crianças de 12, 11 ou mesmo dez anos a guiarem estas motas com natural destreza – as scooters são uma extensão dos seus próprios corpos.
Bruno Ramos, fugas
Ha Ha. We just saw what you described on our recent trip to Tuscany and Nice. We have also seen the same in Paris. Thanks for sharing this vision. Allan
You’re more than welcome Allan 🙂 happy travels, read you soon 🙂 PedroL